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Cannes 2021: assista a filmografia dos brasileiros indicados

  • Foto do escritor: Arthur Gadelha
    Arthur Gadelha
  • 2 de jul. de 2021
  • 5 min de leitura

Atualizado: 3 de jul. de 2021

Na primeira edição após o cancelamento em 2020 devido a pandemia, Cannes traz cinco cineastas brasileiros em destaque. Confira abaixo onde assistir alguns de seus filmes anteriores.

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Cena do curta-metragem "Sideral", concorrente a Palma de Ouro

Na 70ª edição de Cannes, em 2017, lembrando a memória de Glauber Rocha e Ruy Guerra, o cineasta alemão Werner Herzog lembrou em homenagem que "houve um tempo em que sempre tinha Brasil aqui", uma das constatações de que o cinema brasileiro, apesar dos hiatos, sempre foi reconhecido como um peça recorrente no maior festival de cinema europeu. Em 2021, marcando o retorno do evento após a paralisação em prevenção a covid-19, mais uma vez o Brasil ganha destaque em diferentes seções paralelas. Antes de ter início o 74º Festival de Cannes, que tal (re)conhecer os brasileiros indicados e revistar suas filmografias? Abaixo você conhece um pouco de cada um e pode acessar seus filmes que estão disponíveis para assistir on-line.


Anita Rocha da Silveira

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Em atividade na produção de curtas-metragens desde 2008, a cineasta carioca estreou seu primeiro longa em 2015 na mostra Horizontes do 72º Festival Internacional de Cinema de Veneza: Mate-me Por Favor, a história de uma garota que vive ameaçada por uma série de assassinatos na Barra da Tijuca. Impressionando as plateias por onde passou, o filme se usa de elementos do horror para dar corpo a um drama urbano - e adolescente. Nessa edição de Cannes, Anita apresenta o filme Medusa na seção Quinzena dos Realizadores. Em laboratórios de desenvolvimento, o filme intitulado apresenta a seguinte sinopse: "Muitos, muitos anos atrás, a bela Medusa foi severamente punida por Atena, a deusa virgem, pela perda de sua pureza. Hoje, Mariana pertence a um mundo onde ela deve fazer o seu melhor para manter a aparência de uma mulher perfeita. Para não cair na tentação, ela se esforça para controlar tudo e todos ao seu redor. No entanto, chegará o dia em que a vontade de gritar será mais forte do que nunca".


Carlos Segundo

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Doutor em cinema pela Unicamp, Carlos tem uma carreira de pequenos filmes que impactaram diferentes plateias. Seu último curta-metragem lançado, De Vez Em Quando Eu Ardo (2020) venceu o Prêmio da Crítica no 14º Festival For Rainbow, descrito como uma obra que "aposta no mistério como ferramenta de reflexão sobre a proximidade tênue ou antagônica entre espiritualidade e libertação do desejo". Seu primeiro longa-metragem Fendas (2019) estreou no 30º Festival Internacional de Cinema de Marselha e foi exibido na 43ª Mostra Internacional de São Paulo. Seu novo curta Sideral está concorrendo à Palma de Ouro na competição de curtas no Festival de Cannes. Em matéria para o Jornal do Commércio, o filme é descrito como "uma ficção que se desenvolve no futuro, em torno do histórico dia do lançamento do primeiro foguete tripulado brasileiro na base aérea de Natal e como isso afeta a vida de Marcela, Marcos e seus dois filhos".

  • 26 de dezembro (2008) - Site

  • Cheirosa (2009) - Site

  • A luz que surgiu por trás da colina (2009) - Site

  • Vitrines (2010) - Site

  • No fundo nem tudo é memória (2012) - Site

  • Connexion Munich (2012) - Site

  • Turn Off (2013) - Site

  • Borra (2015) - Site

  • Poeira de prata no escuro do quarto (2014) - Site

  • Dorsal (2015) - Site

  • Ainda Sangro por Dentro (2016) - Vimeo

  • Balança Brasil (2017) - Vidsee

  • Subcutâneo (2018) - Site

  • Fendas (2019) - Trailer

  • Sideral (2021) Première em Cannes


Jasmin Tenucci

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Diretora, roteirista, produtora e atriz, Jasmin tem na sua carreira curtas-metragens e programas de TV, do humor à animação, do horror ao infantil, criando com players como GNT, Globo, Cartoon Network e MTV. Um de seus últimos trabalhos foi como roteirista de dois episódios em As Fives, série original do Globoplay que conta a história de cinco amigas que se reencontram após seis anos e se vêm conhecendo a vida adulta. O curta-metragem que irá competir à Palma de Ouro em Cannes, Céu de Agosto, estreou em janeiro no Brasil de forma online na 24ª Mostra de Tiradentes. O filme conta a história de uma enfermeira grávida de sete meses que "lida com uma crescente ansiedade enquanto se vê, aos poucos, atraída por uma fiel da igreja pentecostal".

  • Descompasso (2011) - Vimeo

  • As Five (2020) - Globoplay

  • O Céu de Agosto (2021) Première em Cannes



Rodrigo Ribeyro

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O curta-metragem Cantareira concorre na Cinéfondation, mostra paralela de Cannes voltada para a difusão de obras produzidas em escolas de cinema ao redor do mundo. Rodrigo representa a Academia Internacional de Cinema, escola que tem unidades em São Paulo e Rio de Janeiro e oferece cursos em diversas áreas. Cantareira foi o trabalho de conclusão de Rodrigo para o curso técnico de direção cinematográfica. "A obra narra a história de Bento, trabalhador e morador do centro de São Paulo, que decide voltar ao lugar onde cresceu, a casa do avô Silvio na Serra da Cantareira, buscando não somente a paz, mas também um emprego". Leia entrevista completa do diretor para a escola. Não encontramos, porém, registros de seus trabalhos anteriores para serem assistidos na internet.



Karim Aïnouz

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Em 2019, o cineasta cearense venceu o principal prêmio da mostra Un Certain Regard em Cannes com o melodrama A Vida Invisível, filme que o Brasil indicou para tentar uma vaga no Oscar de Melhor Filme Internacional. Sua carreira, no entanto, começa lá nos anos 1990 com curtas-metragens e nos anos 2000 com os longas, cada um marcando a cinefilia brasileira de forma particular. O efusivo Madame Satã é um dos grandes lançadores da carreira de Lázaro Ramos; os primos O Céu de Suely (protagonizado por Hermila Guedes) e Viajo Porque Preciso Volto Porque Te Amo registram novas afeições pelas imagens e sons do sertão nordestino. Estrelado por Alessandra Negrini, O Abismo Prateado é uma obra quase experimental sobre amor e cidade, enquanto Praia do Futuro marcou as carreiras de Wagner Moura e Jesuíta Barbosa. Em Cannes, o cineasta estreia neste ano O Marinheiro das Montanhas, apresentado em rodadas de negócios como "cruzamento entre um filme de estrada e uma crônica de viagem, para Argel e Fortaleza, duas cidades que fixam a matriz fundamental da história de vida do diretor".


CURTAS

  • Seams (1993) - YouTube

  • Sertão de Acrílico Azul Piscina (2004) - YouTube

  • Sunny Lane (2011) - Vimeo

  • Missão Perséfone (2020) - Vimeo

LONGAS


Nesse ano também tem brasileiro no júri oficial de Cannes: o pernambucano Kléber Mendonça Filho (Bacurau, Aquarius) integra a equipe comandada por Spike Lee. O produtor Rodrigo Teixeira também aparece em alguns filmes pelo selo da RT Features: Bergman Island, de Mia Hansen-Love, na competição oficial de longas; e Murina, de Antoneta Alamat Kusijanovic, na competição da Quinzena dos Realizadores.

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