Sessão Curtas: o surreal de Tim Burton e Christopher Nolan
Em suas respectivas estéticas e desafios, Tim Burton e Christopher Nolan cresceram como cineastas onipresentes ao imaginário do cinema comercial dos EUA. Burton recebeu atenção logo no início da carreira, entre as décadas de 80 e 90. Assim como Nolan, só que filho do século XXI, mais precisamente depois do sucesso de "Batman Begins". Independente de contradições narrativas que parecem estar passando, ambos ainda permanecem com grande atenção de mídia e público. E se hoje já somos capazes de apontar o que os define como cineastas, voltar no tempo só confirma tudo: dois pequenos e brilhantes curtas provam isso.
Vincent (1982), de Tim Burton
O primeiro curta de Tim Burton denuncia seu interesse genuíno por stop-motion e principalmente pelo surrealismo poético atrelado às sombras do terror - o ídolo que lhe acompanharia pelo resto da carreira surge aqui de modo ensurdecedor: Edgar Allan Poe. E se tudo isso não bastasse, Vincent é o próprio Burton (é costume se por nos próprios personagens) devaneando sobre poesias "macabras". O curta é bem famoso, mas caso ainda não tenha visto, apresento-lhe um Tim Burton integral.
Doodlebug (1997), de Christopher Nolan
A primeira produção de Nolan é uma declaração de seu anseio por "facetas" da realidade, domínio estético e ousadia intrigante da montagem/roteiro que sempre tenta enganar o espectador tornando-o a cada segundo um investigador de sua obra - aspectos que se traduzem em "Amnésia", "O Grande Truque", "A Origem" e até mesmo no controverso "Interestelar". Confira o curta curtíssimo de Nolan.
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